Roberto Mangabeira Unger é um carioca que se naturalizou norte-americano e incontinente passou a falar português com pesado sotaque estrangeiro.
Nunca ouvi Mr. Bob Unger falando inglês, por isto não posso afirmar que ele o fale com sotaque estrangeiro também, para concluir que tudo não passa de falta de uma fonoaudióloga ou se é charme com o lado de baixo do Equador.
Mr. Unger fez a América: veio a ser professor de Direito em Harvard, nos EUA, no ranking das 10 melhores do mundo.
Resolveu voltar ao Brasil, mas, deveria ter ficado em Harvard, onde tinha melhor proveito e melhor salário, pois aqui não tem conseguido se firmar como um intelectual que diga ou faça algo que possa servir ao país: as idéias que Mr. Unger prega não correspondem aos fatos.
Idéias não devem necessariamente corresponder aos fatos, todavia, precisam, quando vindas de alguém pago pelo erário para propor o futuro, ter alguma consonância com as perspectivas e não serem destiladas com a exclusiva intenção de criar polêmicas estéreis.
Depois de se desculpar publicamente com o Presidente Lula, por ter afirmado, em um artigo, que o atual Presidente comandava o maior esquema de corrupção da história do Brasil, Mr. Unger virou ministro de uma pasta que tem como objeto propor políticas de longo prazo para o Brasil.
A República, ao nomear Mr. Unger para a missão, comete um erro e repete outro.
O erro cometido é achar que o fato de alguém lecionar direito em Harvard, autoriza-lhe conhecimento de causa para pensar o Brasil do futuro.
O erro repetido é a velha mania de ao invés de despachar seus plenipotenciários para ouvir o que a Amazônia tem a dizer, se é que temos algo a dizer, envia-os para falar como pretende continuar a tutela.
Nenhum proveito terá a passagem da frota capitaneada pelo Ministro Unger pela Amazônia: ela nada mais será do que um turismo de 38 pessoas pago pela União, dizendo o que outros bwanas já falaram.
A única coisa nova que eu ainda não tinha escutado dos áulicos que por aqui passaram, é que aqui sobra água inutilmente, por isto devem ser construídos aquedutos para onde a falta calamitosamente.
A parte da calamidade eu entendi, e, embora na Amazônia também haja calamidade por falta de água potável, eu não sei o que o Ministro Unger quis significar com a tal inutilidade da sobra: a abundância de água da Amazônia não é uma inutilidade, apenas uma naturalidade.
Ainda, esta idéia do Ministro Unger sugere somente mais uma forma de exploração pura e simples de um dos muitos recursos naturais da Amazônia, como é feito com os minérios: vai-se a água e ficamos a ver navios.
Ao fim, embora eu concorde que a Amazônia não precisa ter medo de idéias, devo pensar que estas idéias não deveriam custar o passeio, patrocinado pelo contribuinte, de 38 pessoas para dizê-las: deveriam ser desfiadas de Brasília mesmo, para saírem mais barato.
Harvard deve ter perdido um ótimo professor de direito. O Brasil não deveria se dar ao luxo de contratá-lo para ser um forjador da sua usina de idéias. A Amazônia não terá saudades de mais este aventureiro de além mar que ousou desvendá-la.
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