A afirmação do título deste artigo é uma matéria da respeitada publicação britânica, The Economist.
A matéria, lavrada na edição da sexta-feira, 12.09, destaca o crescimento da classe média no Brasil, que hoje já ultrapassa metade da população.
A revista, baseada em dados da Fundação Getúlio Vargas, versa que o "O Brasil, antes notório por seus extremos, é agora um país de classe média".
Prossegue a reportagem que "Esta escalada social é vista, principalmente, nos centros urbanos do país, revertendo duas décadas de estagnação econômica iniciada nos anos 80."
O economista Marcelo Neri, da FGV, é citado pela revista, quando esta aponta as duas principais razões para o crescimento da classe média: a melhora no nível de educação, com os alunos permanecendo nas escolas por mais tempo do que no início dos anos 90, e a migração de empregos do mercado informal para a economia formal.
A matéria constata uma aceleração considerável no ritmo de criação de empregos formais: 40% mais empregos formais foram criados nos últimos 12 meses, até julho de 2008, do que no mesmo período do ano passado.
A The Economist chama tal proeza de “um recorde em si mesmo”.
Um soco na boca do estômago daqueles que criticam a transferência de renda através das bolsas criadas por Lula: a mais respeitada publicação capitalista do planeta faz elogio à política de bolsas do Governo Federal.
Diz a matéria que a transferência de renda para famílias pobres é um ponto positivo que diferencia o Brasil de emergentes como a Índia e a China: o Brasil tem diminuído as desigualdades sociais apesar de ostentar um crescimento menor.
A reportagem revela um dado interessante para os varejistas: a nova classe média brasileira, apesar de não procurar as lojas caras voltadas para um mercado mais rico, também não quer comprar em lojas que pareçam baratas.
Outro dado interessante revelado pela The Economist: as novelas brasileiras são as responsáveis pelo estabelecimento do padrão de gosto em moda e beleza.
A The Economist faz também uma incursão no perfil político partidário da nova classe média nacional.
Afirma a reportagem que a classe média tradicional é eleitora preferencial do PSDB, que levou FHC e os tucanos ao poder por 08 anos.
A nova classe média, todavia, é preferencialmente petista, pois, aqueles que subiram das classes C e D e experimentaram a ajuda do governo neste caminho, são gratos ao Presidente Lula.
A revista conclui a reportagem com um cáustico, comentário em relação ao Partido dos Trabalhadores: versa sobre a ironia política que é ter que creditar a um partido de esquerda em sua origem, o mérito de ter conduzido o Brasil a uma sólida abertura comercial com o mundo, inserindo-o na realidade da globalização econômica que tanto criticava.
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